Nos últimos anos, a filantropia tem sido um dos pilares no combate às desigualdades em nossa sociedade. Entretanto, Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini, que atuam no mundo da filantropia, explicam que a pandemia expôs, de forma cruel, as mazelas em que diversas pessoas espalhadas pelo país se encontram. Neste artigo, você poderá saber mais sobre os choques econômicos que a pandemia gerou e como isso impactou a filantropia.
A pandemia no Brasil
No dia 31 de dezembro de 2019, as autoridades chinesas alertaram o mundo sobre os novos casos de pneumonia detectados na cidade de Wuhan, cuja causa ainda era desconhecida. Já no Brasil, o primeiro caso da Covid-19 foi confirmado no dia 26 de fevereiro de 2020, no estado de São Paulo. Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini nos lembram que foi um momento de muito desespero e terror, mas que ainda escondia muitos problemas sociais.
Pandemia e problemas sociais
Como citado anteriormente, a pandemia trouxe à luz diversos problemas sociais que estavam escondidos. Diversas pessoas sofreram com o choque econômico e sanitário que tomou conta do país. Além disso, as moradias precárias faziam com que pessoas em situação de vulnerabilidade estivessem ainda mais expostas ao vírus. Dessa forma, essas constatações serviram para alavancar reformas radicais no contrato social brasileiro que conhecemos atualmente.
Reconstrução social na pandemia
A crise despertou surtos de solidariedade que iniciaram uma reconstrução cívica. Wemerson Paneguini comenta que, conforme divulgado por uma reportagem do Estado, os valores arrecadados por entidades filantrópicas bateram recordes durante o período da pandemia. E, ainda hoje, esse número tem crescido de maneira bastante significativa dentre as elites e entidades que atuam no combate às desigualdades.
Transformar a filantropia em cultura brasileira
Infelizmente, a cultura da filantropia ainda não é tão difundida em território brasileiro. Ana Lúcia Lopes Paneguini explica que, agora, o desafio é transformar as ações que iniciaram na pandemia em ações permanentes, que fazem parte da rotina e do planejamento financeiro da população que pode contribuir com o auxílio ao próximo. Além disso, é importante lembrar que o Brasil possui mecanismos de incentivo fiscal para pessoas físicas e jurídicas.
Além de ser disseminada por meio de bons exemplos e institucionalizada através de bons dispositivos legais, a cultura filantrópica no Brasil também precisa ser qualificada pela conscientização por parte dos milionários de sua posição singular no ecossistema da caridade. Dessa forma, Wemerson Paneguini e Ana Lúcia Lopes Paneguini acreditam ser possível trazer a ideia de filantropia ao imaginário dos brasileiros, aumentando, ainda mais, seu impacto no país.
É necessário ir até a raiz do problema para que haja uma mudança efetiva em nosso cenário social. Exemplos como a pandemia do Covid-19 deixam explícito o quanto é necessário que a nossa sociedade se conscientize e trate com urgência em prol da diminuição das desigualdades. Para Ana Lúcia Lopes Paneguini, somente dessa maneira poderemos esperar um futuro mais amenos e promissor para todos.
