Irmãos gêmeos que estudaram medicina na mesma faculdade falam da complexa conexão dos gêmeos

Sara Winchester
Sara Winchester
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O Globo Repórter desta sexta-feira (3) contou histórias de irmãos gêmeos e mostrou como estudar os gêmeos e os sósias é importante para a ciência. Aqui no site você pode conferir mais uma história curiosa de gêmeos: a do Ricardo e do Alexandre, gêmeos univitelinos. Os dois são médicos, fizeram a mesma faculdade e, até 23 anos de idade, nunca tinham passado um dia sozinhos. Ricardo é pediatra em São Paulo e, Alexandre, neurologista no Rio de Janeiro.

“Houve um momento da nossa vida que a gente precisou separar. Porque você quer saber quem você é, e não nós. Porque até uma certa idade era tudo junto. E aí começou a haver uma necessidade. Não, eu gosto disso, você gosta daquilo. Eu acho que isso é um fenômeno que deve acontecer com muitos gêmeos”, conta Alexandre Ghelman.

O neurologista explica que eles, que são univitelinos, são como um clone natural: “O gêmeo univitelino monozigótico é quando há uma fecundação de um espermatozoide e um óvulo. E aí tem ali um ser e em algum momento separa em dois”.

No caso deles foram duas separações. A primeira, dentro do útero. A segunda, já adultos, quando decidiram morar em cidades diferentes.

Eles chegaram a montar até um sindicato dos gêmeos, que foi fundado no dia 11/11/2011, uma data gêmea. “Uma coisa interessante é que metade do grupo achou que o sindicato devia ser uma coisa séria e metade achou que não devia ser sério”, conta Ricardo. Prova de que nem sempre gêmeos querem tudo igual.

Estudos mostram que as crianças gêmeas nascem muito parecidas, mas as experiências de vida vão mudando o cérebro delas, destaca Alexandre. “Mesmo univitelinos com o mesmo cérebro vão ter experiências e hábitos diferentes. E isso vai definindo as diferenças. O cérebro muda”, explica o neurologista.

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