Enfermeiros de SP são treinados para coleta de amostras para diagnóstico da varíola dos macacos

Sara Winchester
Sara Winchester
3 Min Read

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de São Paulo começou a treinar os enfermeiros da rede básica de saúde para coleta correta de amostras para diagnóstico da varíola dos macacos.

Os profissionais que estão passando por treinamento são os das unidades básicas de saúde da capital com orientação de especialistas do Hospital Emílio Ribas para reforçar as informações necessárias e agilizar a identificação de casos suspeitos da doença.

Entre os principais sintomas da varíola dos macacos estão febre, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios, caroços no pescoço, axila e virilhas, além de cansaço. E de um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas costumam ter bolhas aparecendo pelo corpo.

A transmissão da doença acontece ao se usar objetos compartilhados com pessoas contaminadas. Em alguns casos raros, a transmissão se dá pelo ar ou por gotículas de saliva ao conversar, mas a forma mais comum é o contato pela pele.

O Ministério da Saúde iniciou no mês passado conversas com a Organização Panamericana de Saúde para a compra de 50 mil doses de vacinas contra a varíola dos macacos. Havia uma previsão de entrega dessas doses até o final deste mês, mas há uma atraso. E agora a previsão, segundo o Ministério da Saúde, é para o início de setembro.

Dados do último boletim do Ministério da Saúde mostram que o Brasil já é o terceiro país do mundo com mais casos, a maioria deles em São Paulo. Com 2.528 confirmações, o estado concentra quase 65% dos casos do país. Os países que mais lideram o registro de casos são os que compõem o Reino Unido e a Alemanha.

“É uma doença contra a qual nós temos vacina, a questão é que o mundo ainda não conseguiu dar conta de escalar a produção de vacina o suficiente pra todo mundo se proteger”, disse o biólogo e pesquisador científico Atila Iamarino. “Tem vacina, tem mais de uma vacina pra isso, tem outras sendo desenvolvidas, mas a gente tem aquele intervalo de alguns meses até ter uma distribuição suficiente delas pra realmente poder conter a circulação da doença”.

“A gente precisa é de uma conscientização da população e de mais busca ativa de casos, pra justamente reconhecer quem tá com ele e isolar essas pessoas antes do vírus circular. Não é uma doença transmissível como a Covid, que deve parar o mundo, mas é uma doença que pode causar muito problema se a gente não der a atenção que ela merece”, falou Iamarino.

Compartilhe esse Artigo
Leave a comment