Enxaqueca afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo

Sara Winchester
Sara Winchester
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A enxaqueca é uma condição neurológica que pode originar alguns outros sintomas, volta e meia ela é caracterizada pelos pacientes como uma dor de cabeça intensa e debilitante. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca é a segunda doença mais comum no mundo – afetando mais de 1 bilhão de pessoas – e o Brasil figura como a maior taxa de pacientes incapacitados pela enxaqueca. Em entrevista na última semana, a neurologista Amaal Starling, M.D., especialista em dor de cabeça e enxaqueca da Mayo Clinic em Phoenix, explicou como o paciente pode evitar uma crise, além de elucidar algumas informações da doença.

A enxaqueca é um distúrbio primário de dor de cabeça, o que significa que é causada por uma função anormal no cérebro. Ao contrário dos distúrbios secundários, ela pode não ser um sintoma de uma doença subjacente, como uma infecção ou um tumor. “O paciente com enxaqueca infelizmente se automedica mais de duas ou três vezes por semana e isso pode complicar os sintomas. Essa doença tem alguns estigmas, por ser prevalente em mulheres, ela afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, incluindo 1 em cada 5 mulheres, 1 em cada 11 crianças e 1 em cada 16 homens e, segundo a OMS”, argumenta Amaal Starling, M.D.

A fase crônica da doença, é uma condição debilitante na qual os pacientes sofrem dores de cabeça por 15 dias ou mais por mês. Segundo pesquisa, 50% das pessoas com enxaqueca não falam com o seu médico sobre seus sintomas. “Um dos sintomas mais comentados da enxaqueca, é a dor e aí é mais fácil o paciente tomar remédio para a dor, do que procurar seu médico para detalhar os sintomas. A enxaqueca é uma doença genética e neurológica”.

A neurologista explica alguns riscos a longo prazo de não se tratar a doença, já que 30% das pessoas que têm enxaqueca sentem desordem na visão, dificuldade de fala e dormência de 5 min a 60 min antes do começo do ataque. “O não tratamento da enxaqueca pode levar a piora da doença, o aumento da frequência de ataques e, além disso, o uso de medicações que não precisam de prescrição e que podem afetar seriamente o estômago, fígado e coração”, finaliza.

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