Reino Unido quer classificar sorteios em videogames como jogo de azar

Sara Winchester
Sara Winchester
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Quem já se aventurou no universo dos videogames possivelmente já se deparou com as chamadas loot boxes (caixas de recompensa) — baús virtuais que trazem, eventualmente, itens capazes de garantir vantagens em uma partida. O recurso, aparentemente inofensivo, já era visto com ressalvas, pois como em um jogo de azar,poucas vezes a caixa contém algo que realmente ajuda. Contudo, a prática talvez seja extinta no Reino Unido, após o início de uma nova investigação que pode reclassificar as loot boxes no mesmo nível de máquinas de caça-níquel.

O desejo do Reino Unido de proibir ou regular os sorteios segue tendências similares de outros países, como a Bélgica, que em 2018 decidiu que elas eram ilegais e forçou que distribuidoras removessem todas as loot boxes dos jogos vendidos no país para que os títulos não fossem retirados das prateleiras. Na China, só é possível ter o recurso caso a porcentagem de chances do item ser sorteado seja declarada previamente para o jogador.

A vocação viciante de torcer por bons itens vindos das caixinhas está longe de ser apenas uma impressão. Uma pesquisa realizada em 2018 pelo governo australiano, que analisou o perfil psicológico de 7 000 praticantes, concluiu que as loot boxes têm as mesmas características das roletas, por exemplo. Segundo o estudo, o hábito de jogar tais games pode levar ao vício e ser “uma droga de entrada para o mundo das apostas”. O agravante ocorre quando nos cassinos só são permitidos adultos, o universo dos games também é frequentado por crianças.

 

 

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