EUA: Google se envolve em polêmica por doar R$ 600 mil a grupo anti-aborto

Sara Winchester
Sara Winchester
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O Google está sofrendo pressão de grupos pró-aborto por ter doado 150 mil dólares (cerca de R$ 600 mil) em publicidade para uma rede de clínicas que “enganava” mulheres que queriam interromper a gravidez. A instituição The Obria Group, organização sem fins lucrativos que se descreve “liderada por Deus”, oferece serviços de aborto em seu website, mas, na verdade, ela tenta convencer as mulheres a não abortar.

Uma reportagem do jornal britânico The Guardian revelou que a rede de clínicas ganhou do Google 32 mil dólares em 2011 e 120 mil em 2015.

Agora, grupos pró-aborto pressionam a empresa a retirar todo o material publicitário da rede.

Mary Alice Carter, diretora executiva do Equity Forward, um grupo de direitos reprodutivos, disse que os usuários do Google merecem uma explicação.

“Por que o Google está seguindo esses passos anti-ciência? Pagadores de impostos e centenas de milhões de americanos que usam o Google merecem uma explicação”, afirmou ao The Independent.

O Google se recusou a comentar a doação, mas disse que todos que recebem publicidade da empresa têm que cumprir com suas políticas – incluindo uma que diz que instituições públicas não podem “enganar usuários ao excluir informação relevante ou dar informação errada”.

Uma porta-voz da empresa de tecnologia disse que o programa “The Google Ad Grants”, que distribui publicidade de graça, é aberto a instituições sem fins lucrativos qualificadas independentemente de sua posição sobre o aborto.

“Nós doamos publicidade a quase 50 mil organizações ao redor do mundo que representam diferentes causas e visões”.

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