Exercícios aeróbicos ajudam na prevenção do Alzheimer

Sara Winchester
Sara Winchester
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Caminhar, correr, nadar. Atividades aeróbicas sempre foram associadas a melhor oxigenação dos tecidos, o que significa maior entrega de substâncias fundamentais para o funcionamento das células. No cérebro, significava dizer que os neurônios, as células nervosas, recebem o suprimento do qual necessitam para cumprir suas funções. Agora, um novo estudo desenvolvido pela Universidade do Estado do Colorado, dos Estados Unidos, traz a primeira evidência de que também a substância branca, onde estão concentrados os axônios (prolongamentos dos neurônios por onde são transmitidos os sinais elétricos entre eles) também é beneficiada.

A substância branca é comumente considerada uma área do cérebro que fica em segundo plano, uma vez que a massa cinzenta abriga a parte central dos neurônios. Ela recebe o nome devido às proteínas que revestem os axônios. O isolamento fornecido por elas ajuda a aumentar a velocidade com que os sinais são transmitidos de uma célula nervosa à outra.

Embora a degeneração dos neurônios esteja diretamente associada à perda da matéria cinza, o envelhecimento da substância branca também pode trazer prejuízos para o cérebro. Danos aos axônios estão diretamente relacionados com o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

 

No estudo, foram analisados 180 adultos considerados saudáveis mas que não têm o hábito de fazer exercícios. Os participantes foram divididos em três grupos com a realização de diferentes atividades: dança, caminhada e exercícios relaxantes que tinham como objetivo manter os batimentos cardíacos baixos. Cada um dos participantes foi submetido a exames de ressonância magnética e testes cognitivos antes e depois do início dos exercícios.

 

Seis meses de exercícios depois, o total de massa branca entre os participantes que praticaram exercícios aeróbicos aumentou. Além disso, o grupo também obteve uma maior habilidade em lembrar de acontecimentos recentes de suas vidas.

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