Em Chicago, Lollapalooza registra mais de 200 casos de Covid-19

Sara Winchester
Sara Winchester
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Como previsto, 203 casos de Covid-19 foram reportados no festival de música Lollapalooza, em Chicago, sem ligá-los a casos de hospitalização ou morte. “Nada inesperado”, disse em entrevista à imprensa local a doutora Allison Arwady, do Departamento de Saúde Pública. “Nenhum sinal de um evento superpropagador. Mas com centenas de milhares de pessoas comparecendo era de se esperar alguns casos.”

O festival musical de quatro dias, que aconteceu há duas semanas, atraiu cerca de 385 mil pessoas ao Grant Park, no centro de Chicago. Críticos questionaram a realização do evento durante a pandemia. Imagens mostraram multidões aglomeradas em concertos e nos transportes públicos com poucas máscaras à vista. O festival do ano passado foi cancelado por causa da Covid-19.

A prefeita Lori Lightfoot e outras autoridades, no entanto, defenderam a decisão, dizendo que havia protocolos de saúde em vigor. Os participantes tiveram que mostrar prova de vacinação ou teste negativo de Covid-19, e funcionários da prefeitura disseram que 90% estavam vacinados.

Arwady disse que o numero de casos positivos incluiu quem testou positivo depois ou durante o Lollapalooza, o que pode ter incluído pessoas que já foram ao festival infectadas. Por exemplo, 13 residentes de Chicago que testaram positivo foram ao festival no dia ou depois que os sintomas começaram.

A médica disse os casos estavam sob investigação, mas que não espera um grande impacto nas taxas de infecção. “Teríamos visto um pico se identificássemos um aumento grande neste ponto”, disse ela.

Entre os que testaram positivo, as autoridades municipais disseram que 138 eram residentes de Illinois de fora de Chicago, 58 eram da cidade e sete eram de fora do estado. Quase 80% dos que tiveram teste positivo tinham menos de 30 anos e cerca de 62% eram brancos, disse Arwady.

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