Rússia anuncia registro de segunda vacina contra a Covid-19

Sara Winchester
Sara Winchester
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O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira, 14, o registro da segunda vacina contra a Covid-19 desenvolvida no país. Conhecido como EpiVacCorona, o imunizante foi criado pelo Centro de Pesquisa Estatal de Virologia e Biotecnologia Vector e deve passar ainda pela terceira etapa dos testes clínicos. Putin informou que a vacina será promovida no exterior, assim como a Sputnik-V, e defendeu que a produção do medicamento seja concentrada nos países onde ele será comercializado. No entanto, ele ressaltou que as vacinas russas devem primeiro atender as necessidades do mercado interno. “Pelo que eu sei, temos uma terceira vacina em andamento no Centro Chumakov, da Academia de Ciências da Rússia”, acrescentou, referindo-se a um possível terceiro imunizante  que entrará em sua segunda fase de testes, no próximo dia 19.

O governo anunciou que 40 mil voluntários participarão dos testes clínicos da segunda vacina russa, envolvendo 150 pessoas “com mais de 60 anos de idade”. “O aparecimento da segunda vacina aumenta as possibilidades de vacinação da população e, com isso, nos aproxima de estabilizar e superar o problema da infecção pela Covid-19”, explicou a vice-primeira-ministra russa, Tatyana Golikova. Ela anunciou que o primeiro lote, com cerca de 60 mil doses, deve ser produzido “em breve”. Golikova admitiu que ela e a chefe de saúde russa, Anna Popova, foram vacinadas com EpiVacCorona e não tiveram “efeitos colaterais”. “Todos os voluntários que participaram da primeira e segunda fases não experimentaram aumento de temperatura”, frisou.

A primeira vacina russa, Sputnik V, foi registrada em 11 de agosto e está atualmente na terceira etapa do estudo clínico, com resultados esperados para outubro ou novembro. Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde da Rússia autorizou a realização de testes clínicos do imunizante em idosos. Com isso, 110 voluntários com mais de 60 anos de idade irão compor os estudos clínicos em desenvolvimento. Ao todo, desde o início da pandemia, 1.340.409 casos da Covid-19 já foram detectados na Rússia, dos quais 23.205 pessoas morreram. Moscou, onde os doentes crônicos e os maiores de 65 anos foram aconselhados a ficar em casa e o trabalho remoto promovido, continua sendo o principal foco infeccioso do país.

*Com Agência EFE

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